No final dos anos 80 surgiu na televisão Portuguesa e por todo o mundo a série de comédia ALF -Uma coisa do outro mundo, sobre um extra-terrestre que vive na Terra.Julgo que estávamos no ano de 1987 quando estreou. Agora está em reposição na RTP Memória e estive a ver alguns episódios. É com surpresa que percebi ser ainda capaz de a ver com verdadeiro deleite. O que me fez pensar: "Mas o que é que a série tem para justificar este sucesso?"
São quase 30 anos que a distanciam daquela época e as falhas são notórias. O enredo é demasiado simplista e previsível, as cenas estão cheias de clichés e nota-se claramente que se trata de um boneco... mas depois temos a personalidade de ALF, que contrasta com tudo isto. Ele é especial pela forma como expõe os pontos-de-vista. É sarcástico, crítico, questiona, opina, é insistente, tem humor! E mostra tudo isto com diversas expressões faciais.
É claramente um grande feito para a arte de manipular marionetas. Sim, porque ALF era uma marioneta, articulada por indivíduos. Só ocasionalmente foi necessário colocar um homem (Mihaly Meszaros) num fato. Queria dizer que grande parte do sucesso da série deve-se à voz que dá vida a ALF, porque é realmente fantástica, mas não é o caso! A série fez sucesso em todo o mundo mas foi dobrada para a língua do país acolhedor quase sempre. Por cá as séries passam no original e colocam-se legendas (sou acérrima defensora desta prática). Por isto sei o quanto a voz original de ALF é fantástica, adequada à sua personalidade. Descobri agora, graças à poderosa "ferramenta" que é o Google, que quem deu voz ao "boneco" foi o produtor da série/criador Paul Fusco. O outro criador da personagem chama-se Daniel DaSilva (nome tão português!).
Imaginava que a voz de "A.L.F." viria de um actor com prática em dar voz a personagens... o que também pode ser o caso, já que o google ainda não nos explica o percurso de vida (CV) de todas as pessoas..., mas eis como se pode estar enganado!
Existe pouca informação sobre a produção da série. Queria saber mais sobre as pessoas que tiveram a ideia mas enfim: nos anos 80 não se tinha internet!
Então a voz não é decerto a razão principal do sucesso da série. A manipulação do boneco sim, mas só do pescoço para cima, já que os braços tinham uma mobilidade pouco realista, ainda mais visível nas mãos. Uma característica comum nas marionetas. Mesmo a boca, claramente de pano, abre e fecha de forma rudimentar. Mas no meio disto tudo, aquilo funciona. Não é a voz que disfarça a simplicidade da boca do boneco e do enredo. É a personalidade de "ALF" que está bem construída. Como extra-terrestre, ALF consegue criticar os hábitos da sociedade de um ponto de vista de quem está de fora. Como se fosse um Alien (emigrante), numa sociedade diferente da sua. Queria mesmo saber mais sobre as pessoas que imaginaram a série!
RESUMO DA HISTÓRIA:
Gordon Shumway vê-se forçado a abandonar o seu planeta Melmac antes deste explodir por causa do mau uso da energia Nuclear. A sua nave espacial sofre uma avaria e cai na garagem dos Tanner, uma família Americana de classe média que acaba por acolher o extra-terrestre, receosos que o governo (os maus da fita) o capture para fazer experiências científicas.
A partir desse momento passa a ser chamado de ALF (Alien Life Force/Vida Extra-Terrestre) e passa também a ser um elemento da família, constituída pelo casal Kate e Willie, os dois filhos, a adolescente Lynn e o menino Bryan e Lucky, o gato de estimação. Ocultar a existência de ALF dos vizinhos e amigos não é fácil mas a maior dificuldade da família Tanner é aprender a lidar com os hábitos e a personalidade sarcástica de ALF, que não se coíbe de entrar em confusões e, como todos os Malmequianos que se prezem, adora comer... gatos! .
É uma excelente série em que o talento dos protagonistas cresce de época para época. O actor que faz "Reese" em especial, consegue revelá-lo melhor a cada época que passa. . Mas não deixo de ficar com a impressão que esta família "disfuncional" no écrã também não se dá lá ás mil maravilhas na vida real. São a encarnação dos Simpsons! Fora da série, pouco se soube sobre as suas relações. Para quem convive 6 ou 8 anos, em que uns são crianças que se vê crescer, acho que laços mais profundos deviam sair. A série acabou e cada um foi para o seu lado, sem se saber bem para onde... . As crianças abraçaram outros projectos longe da representação. Com os cofres cheios de dinheiro, alguns deram para esbanjar no que gostam, numa espécie de rebeldia juvenil pós-trabalho infantil. . Mas a série é tão rica, que merece um filme. ADORARIA um filme com esta família, agora com os putos crescidos e tão diferentes! O futuro de cada um, quem faz o quê, quem se deu bem, mal, ou assim-assim, como estão os pais mais velhos e com uma criança, os vizinhos, Steve...
Adorava ver esta série de ficção científica! Por isso, quando a vi à venda, soube que a ia comprar. Hesitei apenas por a etiqueta na embalagem informar a ausência de legendas em português.
Buck Rogerstem várias coisas a seu favor:
1) Um jingle cativante - o tema do genérico é potente!
2) A história de ficção é verosímel, mesmo passados todos estes anos
3) Um robot de nome Twiki, que é simpático, credível e cativante
4) Tem um protagonista carismático
5) É a única série futurista cujo "prazo de validade" está longe de expirar. Passa-se no ano de 2491!
6) É extremamente empolgante descobrir como um homem do século XX (Buck Rogers), se desenrasca quando é descongelado, cinco séculos depois
7) Os efeitos especiais são convicentes, assim como os sonoros, as naves, tudo... muito a lembrar Batlestar Gallactica
Estou neste momento a ver o primeiro episódio e, de facto, surpreende. Porque o risco de ser tediante não é algo que um fã nostálgico deva temer. A série cativa, os cenários não parecem falsos nem feitos de esferovite barato... não há nada que temer, só redescobrir! Ou, para quem nunca a viu, saber do que se está a falar. Acredito que passava por uma série feita hoje. Algumas actuais não conseguem tal proeza!
Buck foi condenado á morte! E assim termina o primeiro episódio... com a capacidade de nos deixar com vontade de ver mais, e com a impressão que durou pouco...
E aqui ficam os nomes dos responsáveis por parte deste sucesso televisivo de 1979.
Stu Phillipsfoi o compositor, autor dos acordes musicais que tanto adoro nesta e noutra série de ficção científica de culto que falarei noutra ocasião. A produção ficou a cargo de Glen A. Larson, também responsável pela tal série que falarei num outro post. A encarnar literalmente o robôt Twiki, Felix Silla, actor de origem Italiana com um impressionante currículo em cinema (Ex: Dukes of Hazzard) e, dando-lhe a voz, Mel Blanc. Os actores principais, Gil Gerard e Erin Gray, excelentes profissionais ainda hoje bastante activos e a esbanjar talento (e sensualidade), interpretaram as personagens principais. E, claro, como quase todas as personagens que chegam à televisão, esta também é baseada numa de banda desenhada, criada por Philip FrancisNowlans para um romance (Armageddon 2419 AD) para a revista "Amazing Stories" de 1928 e renovada por Dick Calkins em 1929, para a banda desenhada, tornando-se na primeira personagem de ficção científica de grande sucesso que veio a abrir caminho para novos heróis, tais como Flash Gordon, Popeye, Super-Homem, Batman e Tarzan, o rei da Selva.
Há dois anos surgiram rumores de que a personagem ia ser adaptada para filme.
Depois da Super-Mulher, o segundo tópico deste novo blogue é...
o Super-Homem! Mais concretamente, a história contada na versão da série Smallville.
Actualmente na nona temporada, esta é uma série fenomenal. Retrata o início da vida de Clark Kent na terra; aquele "pedacinho" depois que o bebé é encontrado na beira da estrada por Martha e Johnatan.
Conseguimos "crescer" com a série. Muito centrada na educação de Clark, na família e nos problemas da adolescência, a vida não é mais simples para uma criança com super-poderes... como será que é criar um super-extraterrestre??
A qualidade da história, das interpretações, das surpresas e mudanças do enredo e da impressionante veracidade dos efeitos especiais, remete para segundo plano qualquer série sobre vampiros...
Nesta versão, Clark é apaixonado por uma menina de nome Lana... mas ela usa ao pescoço um pendente com Kriptonite! Ele é também o melhor amigo de um jovem milionário de nome... Lex Luthor! A grande jornalista da história chama-se Cloe, que tem uma prima filha de um militar, de nome... Lois Lane! Clark conhece o verdadeiro pai... Jor-El. Mas ele é um tirano, que exige obediência total e ameaça matar as pessoas de quem Clarkmais gosta!
Cada temporada, da 1ª à 9ª, vale a pena ver. Para quem nunca viu, convém resistir à tentação de começar pelo meio... A primeira é encantadora. O actor que agarra a personagem do Super-Homem está muito bem no papel. Não só é fisicamente ideal para retratar esta personagem que Christopher Reeve interpretou e "cunhou" no cinema, como também tem traços que fazem lembrar o actor. Ambos transmitem o MESMO Super-Homem, e isso é óptimo!
Ao longo das muitas temporadas, Christopher Reeve faz uma participação especial. É ele que revela a Clark as suas origens...
A série é fenomenal, emotiva, empolgante e cativa. Por cá andar há alguns anos, alguns já lhe vaticinam um necessário final mas, na prática, a série só desaparece se seguir essa "tradição". Os actores, acredito que estão cansados de interpretar as mesmas personagens mas, se eu fosse um deles, não abandonaria este "pote de ouro", por mais frustrante que fosse... porque, convenhamos, raros são aqueles que saiem de shows de sucesso e depois conseguem ter alguma projecção. Mais vale "envelhecer" numa série até amadurecer fisicamente para agarrar papéis marcantes em cinema. Tom Welling, actor que faz de Clark Kent, fez um filme com Steve Martin (Há duzia é mais barato), mas foi um flop! E ainda participou na sequela... teve muitas poucas cenas e passou totalmente despercebido, num filme típico de Hollywood, mais dirigido para adultos e crianças e suas traquinices. Acho que segue sabiamente os conselhos de John Scheneider, que faz de seu pai adoptivo na série. Para quem o nome não diz nada, John alcançou, na sua juventude e com apenas 19 anos o estrelato numa série de televisão muito popular na altura, chamada... os 3 duques (Dukes of Hazard)! Ele era o actor lourinho, por quem todas as raparigas suspiravam... É sabido que, em resposta à pergunta de Tom Welling (Clark Kent) sobre um concelho de carreira, o actor veterano respondeu: "Economiza cada tostão"! - isto diz muita coisa...
No "repertório" de participações especiais da série, surge igualmente Annette O'Toole, filha de Peter O'Toole , conhecida pelo papel de Lana Lang no filme Super-Homem 3. Aqui surge como mãe adoptiva de Clark e impressiona pela falta de expressividade de um rosto com 50 anos e más plásticas. Não duvidando do seu muito proclamado talento, claro...
Novidade também é uma nova personagem, impressionantemente malévolo! O pai de Lex, Lionel Luthor! Quando entra na história, só queremos dar-lhe um murro! Ele é do piorio! Lex (Michael Rosenbaum), a seu lado, é um embrião de maldade... fraco, sem capacidade de se igualar à perícia do progenitor. Mas, como todos os filhos que competem com os pais e vice-versa, depressa o supera... é uma relacção extraordinária, que envolve sempre Clark e também Martha, que Lionel (John Glover) assedia, acabando por surgir uma tensão sexual entre os dois.
Voltando a SmallVille, deixo aqui um clip que encontrei na net... é a versão mais recente do que está de momento no ar!
Entretanto, e para não quebrar a tradição, volto a disponibilizar, para venda ou troca, algumas temporadas desta série! Porque não arranjar toda a colecção?
A lembrança que tinha da série "Super Mulher" era vaga mas presente. Lembrava, por exemplo, que ansiava pelos momentos em que ela tirava o laço ou lançava a tiara como se fosse um boomerang.
Não sei em que ano passou em Portugal e que idade podia ter, mas certamente que era bem nova.
Sempre pensei que a série voltaria a ser exibida na televisão. Quando apareceram os canais privados, quando surgiram os temáticos, a TV por cabo, etc...
Mas a Super Mulher, com a Linda Carter, não regressou à TV Portuguesa. Então, um belo dia, comecei a investigar, aqui e ali, e consegui encontrar quem tinha a série! Fui vê-la e surpreendi-me de imediato com a qualidade e vivacidade das cores e o ambiente. Contava com algo mais "pobre" para uma série de 1975!
Enquanto "nós por cá" estávamos a renovar a democracia, a Linda Carter encarnava esta personagem de Banda Desenhada criada em 1941. Ao vê-la agora, continuo a achá-la linda, mas um pouco desajeitada! Está certo que o enredo, dentro das exigências simplistas da ficção televisiva na sociedade de então, não favorecem a personagem. Ás vezes a Super Mulher é empurrada e cai... seria de esperar que ninguém a conseguisse derrubar! Mas desde o primeiro momento que Linda Carte aparece com uma interpretação sólida e consistente.
Sem aviso e a meio de um momento de viragem na história, a RTP MEMÓRIA deixou de exibir a sitcom "All in the Family" - Tudo em Família. Ao contrário da SIC GOLD, que soube exibi-la de início ao fim! Esperava um comportamento idêntico por parte da RTP. Mas, para quem conhece os hábitos da estação pública, isto não é de surpreender...
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Lamento o desaparecimento da série no final da 4ª temporada, num momento em que mais gostava de a acompanhar. A par de "Bairros Populares de Lisboa", também desaparecido e só exibido de madrugada a más horas, era o que mais me interessava ver no canal.
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Substituí-a Mr. Bean.
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All in the Familly é a melhor série de tempos passados. Estava ansiosa por revê-la até ao fim, pois é cheia de reviravoltas e todas pouco fantasiosas e muito de acordo com a vida real. Queria rever o fim do amor entre Mike e Glória, a reacção de Archie ao saber que a filha é que termina com o casamento e é infiel, a morte de Edith... tantas e tantas coisas que a memória trouxe à superfície ao rever a série e, agora, vão continuar apenas na lembrança.
Descobri esta série na RTP 2 e no canal Fox há dois anos. Surpreendeu-me, achei-a interessante, fresca e colorida. Soube que teve apenas duas edições e fiquei a aguardar a segunda. Mas esta não chegou e, entretanto, desliguei-me da produção.
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Para quem quer voltar a vê-la, saiba que acabei de a descobrir no canal Fox Next. E sim, é a segunda série! Apanhei o 9º episódio mas creio que o canal pode voltar a exibir todos os episódios de início. Portanto, se é fã e mesmo que não seja, vá dar uma espreitadela!
Quando estreou na televisão, a série "Lost" depressa se revelou uma trama cheia de mistérios envolvendo fenómenos sobrenaturais. Foram acontecendo uns atrás dos outros e o recurso fácil ao "non-sense" foi o caminho escolhido pelos roteiristas.
.Pois li no jornal que a série vai chegar ao fim em breve mas muitas perguntas para os muitos mistérios inventados vão ficar sem resposta. Dizem os autores que não podem ser "PETULANTES" e explicar tudo!
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Petulantes... petulantes estão eles a ser agora. Que conveniente, dar esta desculpa! Assim não terão de explicar o que introduziram na história só para criar impacto, mas que não tinha ligação qualquer com nada. Agora que já "encheram a burra" de dinheiro e não têm mais séries fantásticas para copiar, dão por terminada esta história que, depressa revelou ser mais uma cheia de coisas inexplicáveis que, para a frente, não seriam explicadas e entrariam em conflicto.
É fácil criar séries assim. Coloca-se tudo o que é fantástico para dentro da panela e deixam o povo estúpido achar que estão diante de um manjar único! Depois, quando pedem a receita... que nojo!
.A série Lost deve terminar a explicar apenas o básico e linear. O final não parece vir inovar, porque nunca soube ser inovadora. Vai buscar conceitos repetidos em produções fantásticas ao longo dos anos e ficar por aí: pela COMPILAÇÃO da imaginação de outros. Ás tantas vão impigir o conceito de Triângulo das Bermudas... e isso explica tudo! Pronto: e 6 temporadas de uma série lerda, chata, aborrecida, que se resume em personagens a desaparecer (por ficarem esgotadas ou por esgotarem os criadores) e a aparecer (para dar a ilusão que a série "refrescou") nas areias de uma praia em nenhures. As personagens surgem e são eliminadas a um ritmo revoltante, e os critérios são claramente de interesses comerciais, não fosse o elenco criteriosamente escolhido por etnias e nacionalidades. Ali aparece tudo o que precisam: roupas novas, maquilhagem para ficarem mais bonitos para a Tv, e até máquina de lavar! O que é que é preciso que aquela ilha não tenha facultado? Até televisão e electricidade, tudo... escrever assim é fácil!
.Coitados dos sobreviventes de desastres reais que foram dar a ilhas desertas... tudo o que tinham para comer eram cocos e para vestir a roupa que carregavam no corpo!
.Está visto: Lost não é uma série que goste. Acho mesmo que não passa de "lixo" equivalente a comida de plástico. No segundo em que se acaba de comer, já não nos lembramos do sabor e continuamos com fome e mal nutridos.
English: TV show Lost is comming to an end but not all the misteries are going to be answered. Why? Well, the writers of the show say they would come out petulant if they explain all misteries. What a lot of crap! Time always exposes the truth and, for me, this show has never been a true show. It´s easy to write whatever comes to one's mind, targeting the objective of capturing the audience. And with a plot like that, Mars is the limit!! I mean... they could write whatever they whanted to and had no obligation to have it make sense. If you wanted a logical explanation for some story and didn´t got it by the end of that particular season, you could still hope the end will GIVE IT to you all... is soooo easy to write this type of crap!
.So... the authors don't want to be PETULANT. Translation: they can´t explain what they invented for 6 seasons, because so much stuff made no sense and had nothing to do whith nothing. They write for personal profits, for money, for them and the network. It´s an industry, people! Don't try to make sence out a story that only exist for that!
.Lost is comming to an end and a (very) few explanations are in order. Prepare yourself for a complete disappointment. It will not deliver all the answers. It will not deliver NOTHING, I bet, that's really convincing. Just convinient... for them! Maybe all would be explain by the isle itself... it's the bermudas triangle!!! And all is explain, hã! Crap!
Quem era muito novo para a ver, pôde revê-la aquando o lançamento em dvd ou ainda, na RTP Memória, onde terminou hoje. Devo confessar, com agrado, uma coisa: não consegui deixar de ver um episódio! Não programei ver mas, se me apetecesse ver algo na TV e "Verão Azul" estivesse para dar a seguir, mesmo que tencionasse ver só um bocadinho para "matar saudades" e depois mudar de canal, saibam que não consegui. São 50 minutos de uma história antiga, porém, muito actual.
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Não vos parece? .
Ainda hoje em dia, pouca coisa mudou. Quer dizer: muita coisa mudou mas, ao mesmo tempo, muito parece estar igual! É uma história Espanhola mas que podia (à semelhança do Conta-me como Foi) ser também portuguesa. A única diferença seria a cor da areia da praia, pois a deles é preta!
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Não escondo que chorei com este último episódio. É incrível como ainda é actual nos temas que aborda, mesmo a sociedade tendo mudado tanto neste período. A forma de gozar as férias, por exemplo. As crianças ainda têm aqueles 3 meses de férias escolares mas os pais, já muito raramente tiram 1 mês inteiro. A moda dita que as mesmas sejam repartidas. Em algumas empresas nem é possível ao empregado tirar um mês de férias seguidas. Não está nas possibilidades. E assim, a forma como antigamente as famílias viviam as férias alterou-se.
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No entanto, ainda me diverte os paralelismos que se podem encontrar entre esse retrato do passado e agora. No episódio anterior à morte de Chanquete, Júlia está numa esplanada e reparo numa coisa engraçada. Pelo menos, achei-a assim. Ela e os outros estão sentados em cadeiras de alumínio simples, iguaizinhas às que se começaram a ver por Portugal há muito pouco tempo. Quer dizer: podia ser algo de agora, que aquela escolha de ambiente não acusava a idade da produção televisiva. Em Portugal, no entanto, naquele tempo, ainda estávamos longe deste tipo de mobiliário de exterior... o design era outro, as cadeiras normalmente ainda de madeira, não se via muito metal por aí, ainda mais com este design.
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Outro pormenor que me chamou à atenção, no diálogo de Piranha com o amigo, é que este refere que o carro da família está sempre sujo e cheio de mensagens escritas no pó, a dizer: "Lava-me porco". Achei muita graça! Não me lembro desta moda aqui em Portugal nesse tempo, mas decerto que devia existir...
. E depois há outras coisas. A começar por aquela música do genérico. É impossível não ficar alegre! Muda logo o espírito da pessoa, quer queira, quer não... . Ao revê-la, fiquei com personagens favoritas. O engraçado Piranha virou o favorito. Porque é um rapaz inteligente, sagaz, prático e tenta racionalizar tudo com lógica e matemática. Além disso, ser gordinho não prejudica nada a sua imagem pessoal ou influencia a forma como se relacciona com os outros. E isso, hoje em dia, é que mudou muito! Piranha é um bom exemplo de como uma criança pode ser feliz rechochudinha e de como não faz mal referir isso à sua frente. Hoje em dia, por convenções, ninguém pode mencionar o excesso de peso de uma criança sem ser pelas costas dos mais interessados... e todos têm uma opinião e uma censura a fazer, tsc, tsc, tsc! . A sorte dos pais nos dias de hoje, é que as crianças são todas magrinhas, a pesar de não praticarem desportos, desconhecerem o que é andar a pé e acharem estranho não se ir de automóvel para algum lado, cada vez que se sai de casa. Se soubessem o quanto é bom, tal como aqueles miúdos da série, andar de bicicleta! Iam já todos comprar umas para passearem em grupo.
FANTÁSTICO
* Super-Mulher
* Espaço 1999
* Batlestar Galactica
* Buck Roger no Séc. XXV
* Smallville
COMÉDIA
* Allo-Allo
* Black-Adder
* Coupling
* Uma família às Direitas
* Que Família! (Full House)
* Quem sai aos Seus (Family Ties)
* Parker Lewis Can't Loose
* Vida!
DRAMA
* Eu, Cláudio